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A Comissária para a Agricultura e Economia Rural da Comissão da União Africana, Dra. Josefa Sacko, defendeu hoje, 20 de março de 2024, na abertura da 3.ª Edição da Conferência Anual da Política Externa, em nome da União Africana, o financiamento climático adequado para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, SIDS.

Conforme avançou, os SIDS são os que menos contribuem para a crise climática, mas são os que suportam o maior peso dos seus efeitos.

“As alterações Climáticas afetam toda a economia, no entanto, o impacto na agricultura torna-se no principal fator desencadeador. Os dados disponíveis dão conta que os efeitos das alterações climáticas na agricultura geram repercussões significativas e negativas noutros setores, desde a indústria aos serviços e à exploração mineira”, notou, indicando que nos últimos cinquenta anos os SIDS perderam cerca de 153 mil milhões de dólares devido a riscos relacionados com o tempo, o clima e a água, mas como disse ainda há possibilidade de se fazer melhor.

“Estes efeitos podem ser invertidos através do aumento de investimentos de adaptação na agricultura. Por exemplo, é demonstrado que o aumento do investimento na conservação do solo e da água, de modo a atingir 40 a 90% das terras cultivadas, ajudaria a evitar os impactos negativos das alterações climáticas nestes Países”, disse, precisando que a colaboração e a cooperação são cruciais se quisermos ajudar as 6 pequenas nações insulares a enfrentar o impacto das alterações climática.

“Agora, mais do que nunca, é urgente reforçar a cooperação internacional, incluindo a cooperação Norte-Sul, Sul-Sul e triangular, para garantir parcerias genuínas e duradouras, tanto a nível regional como internacional. Em última análise, países como a República de Cabo Verde precisam de alavancar parcerias e colaboração para responder aos impactos das alterações climáticas”, elucidou, concluindo que a Comissão Africana reconhece os desafios climáticos que os SIDS enfrentam e incentiva estes Estados a alinharem as suas políticas, estratégias e planos de ação em matéria de clima com a Estratégia e Plano de Ação da União Africana para as Alterações Climáticas e o  Desenvolvimento Resiliente (2022-2032), a Declaração dos Líderes Africanos sobre as Alterações Climáticas e o Apelo à Ação (2023), a Agenda 2063 e o Plano de Ação da União Africana para a Recuperação Verde (2021-2027), que salientam a necessidade de reconstruir melhor através de intervenções verdes sustentáveis, atendendo simultaneamente às iniciativas de recuperação pós COVID-19 e as necessidades da Agenda Pós-Malabo.

 

É fundamental que os SIDS tenham acesso a financiamento climático adequado – Defendeu a União Africana

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